Bruno Vianna: PSD não alinhará com o governo e Caio segue pré-candidato a prefeito

O vereador Bruno Vianna (PSD) afirmou ao Manchete Podcast dessa quinta-feira (16) que não pretende deixar o partido e que pretende disputar a reeleição pela sigla. Ele era o líder da bancada na Câmara, mas foi destituído por Caio Vianna (PSD), presidente do diretório municipal. Depois, Caio esteve com o prefeito Wladimir Garotinho (PP) e começou a circular nos bastidores a possibilidade de uma aliança entre os adversários do pleito de 2020. Bruno rechaça, acredita que a candidatura a prefeito faz parte de uma construção maior do PSD.

Confira a entrevista completa

— A construção do PSD sempre foi com Caio. E continua sendo com ele. Não fui informado de nenhuma mudança de posição, mas um movimento pessoal em relação a emendas (parlamentares). Quero ser candidato à reeleição de vereador, acho que tenho muito a entregar ainda no Legislativo. Vamos deixar o prefeito (do Rio) Eduardo (Paes), líder máximo do PSD no Estado, definir de que forma o partido se movimenta. Estou totalmente à disposição para colaborar com a construção. Não pretendo ser candidato a prefeito, o que espero é que Caio assuma a responsabilidade que lhe foi dada, de ser um player como candidato a prefeito de Campos — pontuou Bruno que ainda ressaltou ser importante o alinhamento do prefeito com o deputado federal quando o assunto é emendas.

Para Bruno, mesmo que Caio queira fazer um movimento alinhado com o prefeito os planos macros do PSD são outros, inclusive pensando numa possível candidatura de Paes a governador do Rio de Janeiro. “Eu não acredito que o PSD estará caminhando com o governo (municipal de Campos) na próxima eleição”, disse, lembrando que também não vê possibilidade de alinhamento do prefeito da capital com o clã Garotinho.

Em relação à destituição da liderança do PSD na Câmara, Bruno diz que não muda nada em relação a possíveis Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Contudo, ressalta ter discordado do movimento de Caio, sobretudo pelo fato de a liderança do partido estar na mão de um vereador da base. “Essa decisão foi individual, do presidente municipal. Não sei até onde o prefeito Eduardo estava ciente desse movimento. Mas ele é presidente municipal, se eu fosse líder estadual, daria essa autonomia para o presidente municipal”, afirmou.

Autor do pedido de CPI da Saúde, ele chega a ventilar a possibilidade de esse ter sido o motivo para a sua destituição. “Se foi feito esse movimento por conta da CPI da Saúde, não sei porque tanto temem a CPI da Saúde, isso não muda nada. Serei o presidente não por ser do PSD, mas por ser o primeiro signatário”.

Na entrevista, o vereador lembra da rivalidade eleitoral entre os pais de Caio e Wladimir para descartar, na sua análise, a possibilidade de aliança entre eles. Bruno também comenta sobre seu mandato, avaliação do governo e mudanças de forças na Câmara.