CCZ alerta para importância de eliminar focos do mosquito da dengue

“Se cada morador tirar dez minutos do seu dia, toda semana, para uma vistoria, já é suficiente para eliminar possíveis focos dentro das casas”. A afirmação é do diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, que continua pedindo a colaboração da população para que adote medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya.

Segundo Morales, os mutirões que o órgão vem realizando semanalmente em diferentes bairros, com base no último LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti), feito em abril deste ano, apontou que 80% dos focos do mosquito encontram-se nos quintais das casas.

A aposentada Helena Barreto, 68 anos, moradora do bairro da Lapa, contou que segue à risca a orientação do CCZ no que diz respeito aos cuidados dentro de sua residência. “Todo dia limpo os recipientes com água, como o pote do cachorro, fico atenta aos vasos de planta e deixo as garrafas com a boca virada para baixo”, disse ela, que já contraiu dengue, mesmo adotando os cuidados necessários. “Estou fazendo a minha parte, mas nem todos agem assim”, acrescentou.

Morales explicou que, quando a população faz a limpeza dos criadouros do mosquito em suas casas, ela interfere no desenvolvimento do vetor, já que o ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. “Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão dessas doenças”.

Entre os dias 13 de abril e 2 de junho, o Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid Dr. Jayme Tinoco Netto, que funciona anexo ao Hospital Plantadores de Cana (HPC), atendeu 348 pessoas com sintomas de dengue. Desse total, 83 tiveram a doença confirmada através de exame em laboratório. No mesmo período foi confirmado um caso de zika e um de chikungunya.

Já a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), registrou, desde janeiro deste ano, 95 casos de dengue, três de chikungunya e um de zika. Esses números são referentes aos casos notificados à secretaria pelas unidades de saúde do município.