20/08/2025
A data de 20 de agosto, Dia Mundial do Mosquito, é uma boa oportunidade para reforçar a prevenção à dengue, à chikungunya e à zika, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o causador também da febre amarela urbana. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) adverte que, embora a incidência dessas doenças diminua durante o inverno, o período é oportuno para eliminar criadouros do mosquito.
Boa parte das pessoas associa a presença do mosquito ao verão e aos períodos de chuvas intensas. No entanto, os ovos do Aedes aegypti podem suportar longos períodos secos e as larvas surgirão quando a temperatura e a umidade estiverem mais altas.
“Importante destacar que o período de inverno é uma oportunidade para reforçar as ações de eliminação dos criadouros do mosquito. Assim, reduzimos a possibilidade de aumento dos índices de infestação no verão, protegendo nossa população”, explica Mario Sérgio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde.
10 minutos salvam vidas
O Governo do Estado convoca a população a manter permanentemente a campanha “10 minutos salvam vidas”, para combater o Aedes aegypti não somente nas residências, mas também em outros ambientes de vivência, como trabalho, lazer, estudo, religioso etc.
É importante verificar e eliminar focos em caixas d’água, calhas, galões, poços e locais que armazenam águas de chuva. Também podem estar em recipientes como pneus, pratos de xaxim, garrafas e baldes.
Por isso se deve fazer uma checagem de dez minutos por semana, para evitar que esses locais se transformem em criadouros do mosquito.
Dicas para evitar focos
Guardar garrafas com a boca para baixo, ralos abertos devem ser vedados, bandejas de ar-condicionado e de geladeiras e congeladores devem ser inspecionadas; pratos de vaso de planta devem ser preenchidos com areia até a borda; lonas de cobertura devem ser esticadas, e as águas de piscinas e fontes devem ser tratadas com cloro.
Registros de dengue, chycungunya e zika
Em 2025, até o momento, foram registrados, em todo o estado do Rio de Janeiro, 27.750 casos prováveis de dengue, com 1.113 internações e 17 óbitos. Em relação à chycungunya, foram registrados 1.693 casos prováveis, 78 internações e 5 óbitos. Não houve casos de zika foram descartadas ao longo de 2025, assim como aconteceu em 2024 e 2023.
A febre amarela urbana
Além de dengue, chikungunya e zika, o Aedes aegypti transmite o vírus da febre amarela urbana. No entanto, o último registro da doença no país foi em 1942. Houve casos mais recentes de febre amarela silvestre, em áreas rurais e de mata. Neste caso, o vírus é transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes.
Transmissor de oropouche não é mosquito
Diferente do que muita gente pode imaginar, o maruim, que transmite a febre oropouche, não é um mosquito, mas um inseto. A oropouche é, no entanto, uma arbovirose, assim como a dengue, a chikungunya e a zika. Arboviroses são doenças transmitidas por artrópodes, animais invertebrados entre os quais estão gafanhotos, aranhas, centopeias etc. O termo “arbovírus” deriva de “arthropod-borne virus”, que significa vírus transmitidos por artrópodes.