- Home 07/12/2024
Sucesso de público, a primeira edição da Festa Literária Sanjoanense (Felisan) reuniu cerca de 40 mil pessoas — entre alunos das redes pública e particular do município, além de visitantes em geral — de 11 a 14 de novembro, no Centro Histórico de São João da Barra. Com o slogan “Viva essa ideia feliz”, a festa teve como objetivo movimentar o mundo dos livros, levando ao município autores renomados, além da participação de 39 editoras e 90 mil livros.
Com organização da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), a Felisan contabilizou aproximadamente 30 mil obras adquiridas pelo público que compareceu ao evento, no qual a Prefeitura, via Secretaria Municipal de Educação, disponibilizou vales-livros no valor de R$ 60 para alunos e profissionais da rede municipal de Educação. O evento teve a parceria da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL).
A Felisan, que já tinha recebido o escritor Júlio Emilio Braz, no último dia do evento contou com a participação de outro renomado escritor, Otávio Júnior, Prêmio Jabuti 2020, que ficou conhecido por abrir a primeira biblioteca nas favelas do Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro.
— Fiquei muito feliz pelo convite. Parabenizo a gestão municipal pela realização desse evento, que valoriza os autores, os fazedores de livro. A festa não deve nada a eventos desses moldes de cidades maiores — destaca o escritor, complementando sobre a iniciativa de presentear os alunos da rede pública com vales-livros. “Importante os alunos terem o poder de escolha dos livros que querem ler, sem falar no incentivo ao hábito da leitura e valorização da cultura literária”.
Durante a festa, a prefeita Carla Caputi anunciou dois projetos que serão desenvolvidos pela Secult. Um deles é a biblioteca em movimento, no qual uma estrutura itinerante será disposta em pontos estratégicos de cada um dos seis distritos com livros. O outro tão aguardado pelos autores sanjoanenses foi o lançamento do edital para publicação de livros no valor de R$ 40 mil, que contemplará dez obras de R$ 4 mil cada uma.
Para Márcio Tupinambá, vice-presidente da ABDL, foi um evento ímpar. “A magnitude de uma feira literária em sua primeira edição foi uma novidade para a ABDL. A Felisan foi realizada na sua essência contemplando todas as artes, inclusiva, com a participação de editoras importantes e de autores locais”, salientou.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Gil Miranda, a festa deu oportunidade e acesso a uma variedade de livros aos alunos, professores e público, fazendo com que o mundo da literatura entrasse na casa das pessoas de forma enfática.
A programação do último dia desta primeira edição teve, entre outras atividades, uma roda de conversa sobre os “20 anos da lei 10.639/2003 ‐ verdades, desafios e perspectivas”, que contou com a participação da chefe do departamento de Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Assistência Social, Cristiane Riscado, a mediação da professora e coordenadora pedagógica de História da Secretaria Municipal de Educação, Sayonara Freixas, e convidados. O evento também teve um perfil inclusivo com rodas de conversa sobre cinema com audiodescrição, livros em braile, profissional de audiodescrição durante todo o evento e tradução em libras.
A Felisan ainda teve contação de histórias, apresentação “Miniaturas do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de São João da Barra”, promovida pelo campus do IFF no município, oficinas de xadrez, grafiti, capoeira, gastronomia literária, cinema, visitação guiada, bicicleta literária, apresentação infantil “Embarcando na arca”, além das bandas e fanfaras, chorinho com o Grupo Nova Geração e apresentação musical do cantor Apollo, encerrando a festa.