Idosos com fratura óssea beneficiados pelo Mutirão da Saúde de Campos

Com o passar da idade, a fratura óssea, proveniente de quedas, em sua maioria da própria altura, acaba ocorrendo com mais frequência entre a população idosa. De janeiro a 19 de julho deste ano, o Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos, atendeu 283 idosos vítimas de fratura. Desse total, a que registrou um volume maior de atendimento —, mais de 70 —, foi a lesão pertrocantérica, que é a fratura do fêmur proximal.

O subsecretário municipal de Saúde, médico ortopedista Marcos Gonçalves, explicou que, por meio da terceira etapa do Mutirão da Saúde, que visa zerar a fila de espera pela cirurgia ortopédica, o governo tem conseguido atender com celeridade às vítimas de traumas oriundas do HFM, como esses idosos.

Com 75 anos de idade, Dorita Trindade Maciel ficou 16 dias internada no HFM e depois na Santa Casa de Misericórdia, após sofrer uma queda e lesionar o colo do fêmur, no dia 23 de junho deste ano. “Ela tropeçou no chinelo e caiu”, contou a irmã Dineia Trindade Azeredo, 77 anos.

Inicialmente, segundo Dineia, a irmã teria que ser submetida a uma cirurgia, mas na última consulta com o ortopedista, ele disse que não seria mais necessário. “O médico falou que o osso colou e que ela vai precisar ficar um tempo em repouso e depois fazer fisioterapia”, disse.

O subsecretário de Saúde explicou que a maioria dos idosos que sofre trauma tem comorbidades, mas ainda assim, a transferência deles para a realização da cirurgia nos hospitais contratualizados, tem sido rápida. “Tão logo as doenças crônicas são estabilizadas, eles são transferidos e submetidos ao procedimento”, afirmou o médico, ressaltando que as pessoas com mais de 60 anos têm mais probabilidade de fraturar os ossos por causa das alterações fisiológicas e das doenças mais comuns no envelhecimento.

“A osteoporose, por exemplo, é uma doença caracterizada pela perda de massa óssea e que aumenta o risco de fratura. Uma simples queda pode ter consequências graves”, explicou o subsecretário, acreditando que a pandemia, onde as pessoas ficaram impedidas de praticar atividade física ou mesmo tomar sol, contribuiu para o aumento no número de casos.