Jefferson Manhães está concluindo seu segundo mandato como reitor do Instituto Federal Fluminense. Desde que o antigo Cefet virou IFF, será a primeira vez que não participará do processo eleitoral interno. Porém, como disse ao Manchete Podcast (confira o vídeo) dessa quinta-feira (28), seu nome está mais do que cotado para o pleito do próximo ano, contando com apoio de petistas do alto escalão entusiasmados, como o deputado federal Lindbergh Farias e até o presidente Lula: “Eu tenho absoluta certeza que ele é entusiasmado e vai se entusiasmar muito mais, porque eu tenho absoluta certeza que o nosso projeto de futuro vai atrair muitos olhares e entusiasmar muitas pessoas”, pontuou. Ele ainda confirmou que estará no debate do futuro de Campos no próximo ano:

— Como cidadão, quero exercer meus direitos para além dos muros, potencializado pela nossa instituição, que me deu essa trajetória que eu me sinto muito orgulhoso. Fui muito beneficiado nessa experiência de vida e isso tem que se reverter para o bem comum. (…) Eu vou estar nesse debate! Se vai ser como candidato (a prefeito) ou não, é uma discussão que não depende só de mim.

Durante a entrevista, Jefferson pontuou altos investimentos nos governos do PT na rede pública federal, além das dificuldades durante a gestão Jair Bolsonaro (PL). Ainda demostrou otimismo em relação ao futuro do Brasil, com a volta de Lula ao poder. Já em relação a Campos, fez críticas ao que considera mau uso dos royalties nos últimos anos, além de citar que o município precisa de mudanças estruturantes. Ressalta ser inadmissível o número de pessoas na extrema pobreza em Campos. E ainda demostra falhas na questão do desenvolvimento econômico ao comparar o Imposto Sobre Serviço (ISS) recebido pela maior cidade do Estado do Rio de Janeiro e outros municípios da região.

O pré-candidato a prefeito de Campos pelo PT, contudo, destaca o protagonismo histórico do município e a relação sadia com os demais do entorno. “A preponderância desse município é vista, estrategicamente, por todos. Não é só pelo presidente Lula, pelo Partido dos Trabalhadores, mas todos os partidos. Campos é um espaço importante. No Rio de Janeiro, nós temos muitas mazelas. Nós queremos também a construção futura de um Governo do Estado. Esse é um processo. Nesse sentido eu vejo que tem muita gente entusiasmada com uma possibilidade de uma candidatura forte do Partido dos Trabalhadores, da federação que o PT faz parte e de uma frente progressista que possa colocar a vida, as pessoas e o futuro das pessoas em primeiro lugar”, destacou.