Veto de Wladimir à LDO tem apoio de dois vereadores que tinham votado pela aprovação

O rearranjo de forças na Câmara de Campos voltou a ficar claro na sessão desta quarta-feira (27). No início de agosto, a oposição impôs uma derrota ao prefeito Wladimir Garotinho (sem partido), ao aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com emendas. Entre elas estava a que limitaria o remanejamento em 10%. No entanto, as águas mudaram na Casa. Abdu Neme (Avante) e Marquinho do Transporte (PDT), que votaram pela aprovação da LDO no mês passado, agora engrossaram a base governista, apoiando a manutenção do veto.

Contrários ao veto, sete vereadores, além de quatro ausências. Vale lembrar que para derrubada do veto eram necessários 17 votos — o número mágico que base e oposição não conseguem alcançar desde a famigerada sessão de maio de 2021, quando o Código Tributário foi enviado à Casa pelo prefeito, junto a um pacote com outras medidas.

Também chamou a atenção o fato de que a após a votação dos vetos, três dos quatro ausentes retornaram ao plenário. Eles são considerados da oposição: Bruno Vianna (PSD), Igor Pereira (SD) e Luciano Rio Lu (PDT). Raphael Thuin (PTB), que também não participou da votação, já havia enviado justificativa de ausência.

Após a manutenção do veto, a situação esquentou na Câmara. Houve troca de farpas entre os vereadores da base e da oposição. Os discursos giravam sobretudo em relação à emendas impositiva que a oposição tinha colocado na LDO, mas foram vetadas pelo prefeito Wladimir. A temperatura da Câmara é um termômetro da pacificação política da cidade, que nos últimos não anda nada bem.

Mais um veto — A Casa também analisou o veto do prefeito Wladimir ao projeto de táxi lotação em Campos, proposto pelos vereadores Maicon Cruz (sem partido) e Marquinho Bacellar (SD), presidente da Câmara.